"Guardião"
"Quando, qualquer aparelho se conectar com o grampeado, este também é monitorado , precisando, quebra-se o sigilo, não, é descartada as gravações.."
Atualmente, a interceptação é um dos mecanismos mais importantes, senão o único, de formação de prova no curso da persecução penal, no que tange a materialidade e autoria de determinados delitos . É ainda, entre os modernos instrumentos de investigação, aquele que efetivamente se consolidou e apresentou resultados importantes e rápidos, embora a operacionalidade do sistema mereça revisão e atualização constante, diante dos mecanismos utilizados pelo crime organizado para bloquear ou dificultar a intervenção do Estado.
Mais do que discorrer acerca dos requisitos legais, impõe-se, em breves comentários, que observemos alguns tópicos de execução da “escuta” ou “grampo”, como é vulgarmente conhecida a interceptação telefônica. A interceptação está instrumentalizada por meio do “Sistema Guardião”, sediado em Brasília.
O “Guardião” nada mais é do que um software que tem capacidade para grampear 3 mil linhas telefônicas simultaneamente. Haja grampo! E que permite escutar, redirecionar, gravar e armazenar conversações por meio de telefonia fixa ou móvel, com simultaneidade, por meio de inúmeros canais disponíveis.O sistema permite, ainda, identificar a antena retransmissora do sinal telefônico, a Estação Rádio-Base – ERB em que está operando o número interceptado, permitindo uma análise geográfica da área de atuação dos suspeitos e , se veloz a canalização da informação aos órgãos operacionais, identificação e prisão de foragidos e autuações em flagrante.
Há que se ressaltar não ser o “Guardião” nem o único, nem o mais moderno, nem o mais barato software de interceptações existente e em uso no país. Ainda assim, a interceptação telefônica é um instrumento extremamente eficaz e importante no combate a criminalidade, organizada ou não. Lamenta-se, por fim, a ampla divulgação pela mídia de tal mecanismo, inclusive com reprodução de conversações captadas por “escutas”, em meio a investigações inacabadas ou processos em curso. Quando se resguarda o veículo utilizado na investigação para se chegar a determinada prova, protege-se , sobremaneira, o interesse público e não os interesses dos criminosos, como podem pensar alguns, no sentido de manter-se a efetividade do mecanismo e máximo rendimento da sua utilização.
Porém, também há a "contra espionagem". Existe no mercado, um "celular" que "criptografa" as mensagens, tanto faladas quanto escritas
A STARCTIC, especializada em inovações para segurança e sigilo de informações corporativas, está lançando no Brasil o CryptoCell Secure ID, uma solução para eliminar o risco de grampo telefônico em conversações via celular. O público-alvo são executivos de alto escalão de áreas estratégicas das grandes corporações, principalmente em segmentos que trabalham com informações críticas, como mercado financeiro, indústria de inovações e repartições de governo.
Indicado para celulares inteligentes com tecnologia GSM, o CryptoCell vem sendo amplamente empregado na Europa para evitar o vazamento de informações de negócios ou segredo industrial.
No caso do mercado brasileiro, o produto serve também para proteger o usuário contra a escuta telefônica promovida pelo crime organizado, que hoje já dispõe de ferramentas não só para a clonagem em GSM, mas também para o total monitoramento de comunicações de terceiros para finalidades ilícitas.
O sistema é proprietário e funciona somente aos pares. Ou seja, para que a comunicação fique 100% segura é preciso que os dois aparelhos, empregados na conversação, disponham do software de criptografia instalado. Empresas que desejam garantir segurança de conversação para um número maior de funcionários podem adquirir quantos aparelhos seguros desejar, que o sistema garante a criptografia para todos os aparelhos do grupo.