O povo das Ilhas Salomão
"O povo das Ilhas Salomão, tem de certa forma, pelas árvores, o que os indianos têm pelas vacas. Um espécime de santidade. Com a diferença que eles não idolatram as árvores como os indianos fazem com as vacas na Índia. Acontece que o sustento das cidades e mesmo da capital Honiara, vem principalmente da plantação de palmito. O mais intrigante é que para abrirem espaço no meio da floresta, para a plantação de novos palmitais, é necessário que se derrubem velhas árvores, no entanto, árvores sadias. Cortá-las, seria uma maldade, a menos que elas morressem sozinhas, portanto, arrancá-las, seria necessário para que se evitem acidentes. O que os nativos das Ilhas Salomão fazem, é se reunirem durante trinta e três dias seguidos, pela manhã, no meio dia e pelo entardecer, em torno da árvore que se objetiva retirá-la, e três vezes ao dia, reunidos, gritam. Sim! Gritam! Gritam xingamentos, desmerecimentos, agressões verbais. Seguidos os trinta e três dias, a árvore seca e morre. Morre “sozinha” e então é só arrancá-la. Segundo os nativos, os gritos de desmerecimento matam o espírito da árvore, o que eles chamam de Leshy - animal da mitologia Eslava, que protege animais e moradores das floresta